16 de nov. de 2010

O banquete do Zé

Taças cheias e vazias
de vinho e alegria,
Dionísio e Afrodita,
brindavam a noite pornôpoética,
os sorrisos cibernéróticos
e a dedada digital.

Frutas, falos e vaginas
desmanchavam em bocas
sedentas de suor, sangue,
gozo e solidão.

Olhos cheios de nada,
vazios de quase tudo,
caçavam em meio às pupilas dilatadas
encontros teatrocinematográficos.

Submerso à peçaorgiafesta,
às pessoasartistasdeuses,
à vidaevoéficção,
o bode tatuado bebeu, cantou, dançou
e baixou os chifres
com saudade da cabrita.

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu não sei se é pra rir ou chorar, mas eu sorri.