29 de jan. de 2010

Olhos de mãe após o parto

Incrível
como o indizível do Rilke
soa feito pra você,
quando o Hamlet
sussurra algo
que Fedra
canta em français.
E toda noite,
e todo dia,
seria assim
na minha Paris.
A flauta-doce,
a cotovia
do corpo esguio
que ora diz,
ora cala -
e escolhe as roupas
pra por na mala.
O segredo
mantém acesa
a chama da vela
sobre a velha mesa.
São Jorge, guerreiro,
saudações ao grande Ogum,
desse jovem forasteiro
que vai a lugar nenhum,
mas leva consigo -
e levará sempre na cesta -
a esperança da bonança
e um botão de flor.

Nenhum comentário: