27 de dez. de 2009

Carpete escarlate

As estrelas anunciavam o dia ensolarado que viria para me expulsar da imensidão do teu quarto branco. As taças de vinho estiradas no chão refletem a preguiça dos nossos corpos marcados por mais uma noite de alguma coisa que eu ainda não descobri o nome. Quando eu entrei, sorridente, pela porta e dei de cara com suas lágrimas mais doídas, não imaginei que a nossa noite terminaria assim. Estou embriagado. Minha cabeça vai explodir. Meu corpo está todo avermelhado. Isso não pode ser saudável. O quarto está tão sujo quanto o sangue que escorria das tuas pernas enquanto nos preenchíamos sob a água quente e violenta do chuveiro. Minha boca inchada só não dói mais que a língua rasgada que ela esconde e insiste em não deixar cair. O que foi que aconteceu aqui? Estou com medo de te acordar pra perguntar...

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