14 de abr. de 2009
Qualquer dia, amigo, a gente...
#Cinco horas da manhã. Daqui a algumas dezenas de minutos, o sol há de subir ao céu da cidade do Rio de Janeiro. 14 de abril. Meus braços esboçam um abraço incompleto, meu rosto arma um sorriso curto e meu peito aperta como um dedo esmagado por uma porta. O hematoma dolorido sempre esteve e sempre estará aqui. Mas há dias em que a dor é maior. Estou com saudades de você. Passei a madrugada toda a imaginar como você estaria hoje, vinte anos depois. Quantos fios brancos iluminariam a sua cabeça e quão volumosa estaria a sua velha barba de guerra. Estaria cultivando uma barriguinha de chopp? Difícil chegar ileso aos 52. Onde estaríamos? Com quem estaríamos? Como estaríamos? Eu daria tudo pra tomar uma cerveja e bater um papo com você. Ouvir suas piadas, seus conselhos, seus risos. Reclamar um pouco da vida e ser repreendido. Dar-lhe um beijo e um abraço forte pelo seu aniversário. Daqui a pouco vou à praia, sentar a bunda na areia e conversar um pouco com o mar. O mar é tão imenso e tão cheio de possibilidades quanto as minhas tentativas de encontrar respostas para perguntas que não me foram feitas. Parabéns, pai. Eu te amo.
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Um comentário:
que fofo, nao tinha lido esse *-*
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