22 de ago. de 2008

Triste tarde de sol

Uma lágrima
Quieta
Abandonada
Despenca sobre os poros
Suados
Da minha nova velha
Pele queimada

Passeia arrastada
Cansada
Até deparar-se
Com o juvenil volume
Da minha barba
Cerrada

E some
Molhando alguns pêlos
E some
Deixando o seu selo

O rastro
brilhante
brilhoso
alagado
Marca a profundeza
Do rio
inundado
Da correnteza

E some
Abandonando o canal
Esvaziado
E some
Abandonando o solo do peito
Rachado

A boca seca
quando se está
longe de casa
A vida seca.

Nenhum comentário: