22 de nov. de 2007

A pequenina Vitória

Conversando com a professora de Teatro de uma prima mais nova e amiga minha, descobri que hoje ela ensaiaria a peça de formatura das pequenas um pouco depois das cinco horas. Como apaixonado pela arte e primo coruja que sou, resolvi conferir o trabalho e, quem sabe, trocar algumas palavras com as crianças. Quem faz teatro no Rio de Janeiro tem sempre uma história boa pra contar. Já tinha visitado a turma uma vez (uns dois meses atrás) e estranhei quando vi que só duas daquela época permaneciam - minha prima e a irmã da professora. Me deparei com crianças bem menores e mais introvertidas que as outras. Eis que surge, atrasada, no meio delas, Vitória. Dois ou três anos mais nova que as outras e um ou dois palmos menor também. Mas com um ar diferente que eu logo percebi. Cutuquei-a várias vezes e ela, cheia de marra e opnião, me contrariou outras tantas. Mas logo a gente estava em sintonia. Passaram a cena da formatura algumas vezes e, quando todas as outras cansadas e loucas para ir embora me responderam "Nada" ao ouvir "O que vocês vão fazer agora?" ela preferiu: "Você vai escolher uma peça pra gente fazer!" Não era um pedido, era uma ordem. E eu tive que entrar na brincadeira. "Chapéuzinho e o Lobo". Apesar da cara de quem não estava acreditando das amigas, Vitória imaginou a cena, distribuiu os papéis e com uma pequena ajuda minha montou a movimentação de palco e o enredo da história que eu já não me lembrava. Em poucos minutos, todas as garotas da turma se divertiam com seus papéis e eu, ao lado da professora, ria das cenas engraçadíssimas. Vitória podia ter deixado as outras falarem por ela e a aula terminar sem que ela expressasse a sua criatividade, se fosse insegura. Mas era um poço de segurança e convicção. Direcionou a cena, me cortou, mostrou que estava certa e ainda exclamou no final: "É. Foi divertido". Talento e vocação são estradas que nem sempre seguem paralelamente. Dom e disciplina também. Vitória mobilizou as amigas e fez a arte acontecer com as próprias mãos. Muitas cenas de costas e pequenos detalhes estéticos que, aos poucos, eu talhei. Mas uma criatividade e um tempo de execução que elevavam seus 7 anos ao quadrado. Um brilho no olho, ao ver a cena acontecer, de quem nasceu pro palco. Ela pode seguir qualquer caminho. Até se distanciar da arte que, ainda assim, a arte que existente dentro dela vai ajudá-la em todas as horas. Enquanto os anos não passam, ela brinca de dirigir - ou de qualquer outra coisa - e eu rezo para que os pais dela a apoiem, caso ela queira compartilhar conosco a sua arte. Hoje eu aprendi muito mais do que ensinei e serei eternamente grato à pequenina Vitória.

Um comentário:

Unknown disse...

LOh!q tdb o q vc escreveu da vitoria!mtu bom!e eu gostei mtu d tr um primo coruja viu?
fico mtu feliz qdu vc vai ao teatro me vr,vc agita as coisas lá...da sua opiniao e ainda faz amios ou amiguinhas...ontem no espetaculo correu td certoh...eu flei c/ a vitoria sobre vc...ela c/ auele jeitinho dela deu uma risadinha...e não flo nada + ela parece tr gostado,pq sua mãe tava doida p/ ve-la!e eu flei p/ ela q vc flava mtu dela e q minha tia qria conhece-la,infelizmente não a achei p/ mostrar a tia Magali...+ qdu flei d vc os olhinos dela brilharam...ela gostou mtu d vc!

saudades...


bjsss**!